GNV pode ser mais econômico
Com a alta de impostos incidentes sobre os combustíveis líquidos, um produto que pode se beneficiar no mercado e ampliar o número de consumidores é o gás natural veicular (GNV). De fora dos reajustes nas alíquotas do Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins), anunciados na semana passada pela equipe econômica do presidente Michel Temer (PMDB), o segmento projeta aumentar a competitividade frente a gasolina e ao etanol. Segundo estimativas da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), a economia para o usuário do GNV pode atingir até 70%.
“A gente ainda não sabe como será a reação do preço médio da gasolina e do etanol nas bombas mais para frente, mas a gente acredita que esse cenário será totalmente repassado para o consumidor”, afirma o coordenador de GNV da Gasmig, Welder Souza. Hoje, de acordo com o simulador de economia da entidade, os gastos do usuário com o combustível gasoso são, em média, 49% mais baratos quando comparados com a gasolina e 48% menores em relação ao etanol. A expectativa é que essa diferença cresça ainda mais nas próximas semanas.
Para que o consumidor possa utilizar o GNV, no entanto, é necessária a aquisição do serviço de conversão, que consiste na instalação do kit gás. O investimento é calculado entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, mas, mesmo assim, Souza garante que a alternativa continua sendo a mais econômica diante das outras opções energéticas existentes para o setor de transportes.