A redução no preço do gás natural anunciado pela Petrobras na última segunda-feira (17) poderá gerar redução nos valores cobrados em Minas Gerais.
A estatal informou em nota que os novos preços serão cobrados a partir do dia 1º de maio, representando uma redução média de 8,1% em relação ao trimestre encerrado em abril.
Em nota, a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) explicou que esse anúncio feito pela Petrobras poderá impactar os contratos firmados entre ela e a estatal, que é o principal supridor de gás da companhia.
Enquanto a Petrobras destacou que os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais do preço do gás e vinculam os reajustes às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio.
De acordo com a petrolífera, o petróleo recuou 8,7% no período e o real teve uma valorização de 1,1% ante o dólar.
Já a parcela referente ao transporte do gás é atualizada anualmente nos meses de maio e, neste ano, sofrerá reajuste de 0,2%, de acordo com a variação do IGP-M.
A Gasmig lembra também que as tarifas cobradas pela companhia são homologadas pelo órgão regulador, que no caso é a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), e que o contrato de concessão determina que o custo do gás deve ser repassado ao preço das tarifas.
Ela ainda revela que a companhia e a Sede já deram início às discussões sobre esse ajuste que poderá chegar ao mercado mineiro de gás.
A próxima revisão de preços da Gasmig será em maio, um dos meses em que historicamente os reajustes são feitos (fevereiro, maio, agosto e novembro).
Com esse ajuste nos valores anunciado pela Petrobras, o gás vendido às distribuidoras acumulará redução de 19% em 2023, segundo a empresa.
“A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da Companhia, mas também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens – e, no caso do Gás Natural Veicular (GNV), dos postos de revenda – e pelos tributos federais e estaduais.
Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas”, informou.
Ela ainda ressaltou que essa revisão dos preços do gás natural não afetará o gás de cozinha (GLP) envasado em botijões ou vendido a granel.
BALANÇO DA DEMANDA
De acordo com a Gasmig, as indústrias apresentaram um consumo de gás aquém do esperado no primeiro trimestre deste ano.
Como consequência das chuvas, as térmicas não estão sendo despachadas e, portanto, não consumiram gás natural. Já os demais segmentos apresentaram crescimento tímido de consumo.