O governo federal está em fase final de elaboração de um decreto que permitirá à Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) intervir diretamente no mercado de gás natural.
O objetivo do programa é reduzir o preço do gás natural no Brasil.
A proposta prevê a autorização para que a ANP determine às empresas a ampliação da produção de gás natural.
Dessa forma, pode ocorrer a redução da reinjeção de gás nos poços de petróleo e o aumento da produção nos campos já em operação.
Gás é fator de desenvolvimento
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que apenas 14% das empresas do setor no Brasil utilizam gás natural no processo produtivo.
Os dois principais motivos citados para a empresa não usar gás natural foram a falta de adequação aos processos e a falta de acesso ou fornecimento do insumo. Segundo o levantamento da CNI, o aumento do uso do gás natural está nos planos de 9% das indústrias.
Mesmo com a baixa utilização pelas indústrias, desenvolvimento é a palavra certa para descrever a importância do gás natural.
Na região Centro-Oeste de Minas, por exemplo, a construção do gasoduto pode gerar em torno de 15 mil empregos diretos e indiretos, nas oito cidades por onde vai passar.
A chegada do gás natural às cidades representa um grande potencial de geração de riquezas para a economia mineira. Empresas do setor de metalurgia e siderurgia serão as principais consumidoras do combustível.
Mais investimentos
A Gasmig pretende continuar a sua expansão. A construção de mais de 300km de redes para atender a região Centro-Oeste, é o primeiro passo para atender a cada vez mais localidades em Minas.
Aliás, o investimento neste novo gasoduto, pode desdobrar em novos investimentos para atender ao Triângulo Mineiro com gás canalizado.
Em outra frente, a Gasmig vem atuando com concessionárias de gás do Centro-Oeste do Brasil para viabilizar a construção de um gasoduto de transporte que, a partir do Estado de São Paulo, cruze o Triângulo Mineiro em direção a Goiás.
Também existe a intenção de contribuir na viabilização de uma possível usina térmica a gás natural a ser implantada na região Mineira da Sudene, fruto do processo de privatização da Eletrobras.
Área de atuação
Atualmente, a Companhia mineira atende a 47 municípios de 7 mesorregiões do Estado (Metropolitana de BH, Sul e Sudoeste de Minas, Zona da Mata, Campo das Vertentes, Vale do Rio Doce, Oeste de Minas e Vale do Mucuri).
Os clientes da Companhia estão distribuídos entre indústrias, estabelecimentos comerciais e de serviços, postos de revenda de GNV, empresas de distribuição de Gás Natural Comprimido Industrial (GNCI) e de Gás Natural Comprimido Veicular (GNCV).
Além disso, também atende a empresas do segmento de cogeração, geração e climatização, bem como a unidades residenciais e usinas termelétricas.