Em meio a reajustes nos combustíveis tradicionais, como gasolina e etanol, companhia aposta no congelamento da tarifa para que veículos sejam convertidos
A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) anunciou, nessa quarta-feira (03/03), que passará a congelar o preço do gás natural veicular (GNV) por 90 dias. A medida foi tomada em um momento em que o Brasil passa por altas consecutivas dos combustíveis tradicionais, como a gasolina e etanol. Com isso, a expectativa é que motoristas convertam seus veículos para o GNV.
Atualmente, Belo Horizonte tem cerca de 30 mil veículos movidos por GNV, de acordo com a Gasmig. Número muito menor que o registrado no Rio de Janeiro, onde, segundo a companhia, registra 1 milhão de veículos com gás natural. “Nós precisamos mudar essa mentalidade de Minas Gerais. Achamos que, por bem da empresa e do mercado, seria uma oportunidade de, neste momento, enquanto há discussão dos preços dos combustíveis, a gente congelar esse preço por 90 dias”, disse o presidente da Gasmig, Pedro Magalhães, ao Estado de Minas.
De acordo com pesquisa da própria Gasmig, o preço médio do metro cúbico do GNV em Belo Horizonte e na Região Metropolitana é de R$ 3,40. Valor abaixo do praticado com o litro do etanol, que é negociado em uma média de R$ 4,12, além do litro da gasolina, com média de R$ 5,57.
Com isso, motoristas que fazem a escolha pelo GNV percorrem maior distância pagando menos. Por exemplo: condutores que abastecem R$ 50 de gasolina rodam por 96 km, enquanto aqueles que optam pelo etanol, colocando o mesmo valor, conseguem dirigir por 90 km. Com o gás natural, a distância podia chegar a 200 km.
Incentivos
Ainda de acordo com Pedro Magalhães, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sancionou uma lei que isenta por dois anos o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para carros fabricados no estado e que sejam movidos a GNV.
Além disso, Magalhães revelou que está tentando a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o GNV que, atualmente, é de 18%.
Fonte: Estado de minas