O impacto nas contas da Gasmig será pequeno, considerando que as vendas de gás para residências representa 1% da receita da companhia, disse o presidente da companhia
A Gasmig, distribuidora de gás da Cemig, anunciou nesta terça-feira (6) que vai manter congelado o preço do gás residencial até fevereiro de 2022, mesmo após a Petrobras ter anunciado, na segunda-feira (5), aumento de 39% no preço do gás natural, a partir de 1º de maio. A companhia também pretende manter congelados os preços do gás veicular e avalia como fará o reajuste do produto voltado para indústrias e comércio, disse o presidente da companhia, Pedro Magalhães.
“Estamos com uma política para aumentar a adesão do gás residencial e, para não assustar os clientes novos, a gente congelou até fevereiro de 2022 os preços”, disse Magalhães. O impacto nas contas da Gasmig será pequeno, considerando que as vendas de gás para residências representa 1% da receita da companhia, disse Magalhães.
Das vendas totais da empresa, 90% são de gás para o setor industrial, 4% são de gás veicular, 1% gás residencial e o restante é vendido para o comércio.
Projeto de estímulo à conversão de veículos
A Gasmig já havia anunciado, em 5 de março, o congelamento dos preços do gás veicular até junho, como medida para estimular a conversão de carros a etanol ou gasolina. Minas Gerais tem, hoje, cerca de 30 mil veículos movidos a gás, número abaixo dos cerca de 1 milhão no Rio de Janeiro e dos 700 mil veículos em São Paulo.
“Não pretendemos repassar esse aumento todo para o gás veicular para não perder o projeto de estímulo à conversão de veículos. Na área industrial vamos ver se é possível segurar um pouco o preço, talvez diminuir um pouco a margem, para não perder os clientes”, afirmou Magalhães.
De acordo com o executivo, a Gasmig chegou a pagar para a Petrobras R$ 0,96 o metro cúbico do gás antes da pandemia. O valor atual é de R$ 1,32 e, com o reajuste, vai subir para R$ 1,78.
Fonte: Valor Econômico