Desenvolvimento. Esta é a palavra-chave para o Projeto Centro Oeste, que promete gerar em torno de 15 mil empregos diretos e indiretos, nas oito cidades por onde vai passar o gasoduto.
Betim, Divinópolis, Igarapé, Itaúna, Juatuba, Mateus Leme, São Joaquim de Bicas e Sarzedo. Juntos, os oito municípios respondem por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial e 7% do PIB total de Minas Gerais e aproximadamente 1 milhão de habitantes, ou 5% da população do Estado.
“A Região Oeste de Minas é um importante polo industrial do Estado e ainda não contava com infraestrutura de gás natural. Esta é uma região constituída por municípios com boa concentração demográfica e intensa atividade econômica, responsável por uma relevante parcela do PIB mineiro”, explica Gilberto Valle, presidente da Gasmig.
Potencial de desenvolvimento
A Região Oeste de Minas abriga um importante polo industrial, mas ainda não possuía uma infraestrutura de distribuição de gás natural, combustível conhecido pela baixa emissão de poluentes.
O investimento na ampliação do Sistema de Distribuição de Gás Natural (SDGN) da Gasmig no estado é calculado em mais de R$ 800 milhões, com potencial para gerar mais de 15 mil novos postos de trabalho diretos e indiretos em Minas.
Ao todo, serão mais de 300 km de redes, que representarão, quando concluídas, um acréscimo de 23% na malha atual da Companhia.
“Pensando no futuro, este gasoduto foi dimensionado para possibilitar sua expansão para o Triângulo Mineiro”, expõe Gilberto Valle.
Empresas comemoram chegada do gás
A chegada do gás natural às cidades representa um grande potencial de geração de riquezas para a economia mineira. Empresas do setor de metalurgia e siderurgia serão as principais consumidoras do combustível.
A Ciafal (Comércio e Indústria de Artefatos de Ferro e Aço S.A.), localizada em Divinópolis, região Centro-Oeste, aguarda com ansiedade o início das operações do gasoduto. O diretor Industrial da empresa, Ricardo Bento, explica que a rede de dutos pode contribuir para ampliar a competitividade e os resultados do negócio.
“Hoje, dentro do meu custo variável, o gás é o (insumo) que tem o peso maior, cerca de 30% do custo total. Então, qualquer possibilidade que tiver de reduzir esse custo representa demais no resultado operacional da empresa. Esperamos que ele (gás natural) chegue em volumes consideráveis e com custo competitivo”, afirma.
Com unidade industrial em Itaúna, o Grupo Simec, outro grande interessado no projeto, iniciou suas operações no setor siderúrgico em 1969, em Guadalajara, no México. A projeção do grupo é de que o gasoduto não só aumente a competitividade da empresa, como possa ajudar a reduzir a poluição do meio ambiente.
“Temos uma expectativa grande em função da demanda que temos de gás. Hoje a gente opera com GLP em função da viabilidade, porque o gás natural transportado por carreta inviabiliza o processo. Esperamos que, com o gasoduto, haja redução de custo e mais competitividade pra gente, além de segurança operacional”, avalia o gerente da usina de Itaúna do Grupo Simec, Giuliano Dornas. A empresa consome, atualmente, 330 mil m³/mês de gás.