Desenvolvimento da frota de veículos pesados passam por políticas como o Corredores de GNV da Gasmig

abastecimento Corredores

De acordo com entrevista concedida por Gustavo Bonini, diretor da Scania, durante o 11º Fórum do Biogás, “a descarbonização do transporte no Brasil precisa de mais políticas públicas que incentivem a construção de uma infraestrutura de abastecimento de gás natural para caminhões”.

O Gás Natural Veicular (GNV), além de promover mais autonomia e mais sustentabilidade, é o caminho para o desenvolvimento, atuando como combustível de transição na descarbonização de frotas pesadas.

Minas Gerais, segundo dados do Governo Federal, é o estado que possui a maior malha viária do país. Dessa forma, proporcionar aos mineiros um combustível que emite menos poluentes e que garanta mais economia no custo por quilômetro rodado, é uma busca da Gasmig.

Do ponto de vista ambiental, o GNV se destaca por produzir menos poluentes em comparação aos outros combustíveis fósseis. Isso contribui para a melhoria da qualidade do ar e para os impactos ambientais associados ao transporte de carga e passageiros.

Corredores de GNV em Minas Gerais

Os investimentos contínuos da Gasmig já possibilitaram a criação de quatro corredores de GNV que dão acesso aos outros três estados da região Sudeste e à Bahia.

São eles o Corredor GNV BH-Rio – BR-040, Corredor GNV Fernão Dias – BR-381, Corredor GNV Vitória – BR-381/262 e Corredor GNV Rio-Bahia – BR-116/381.

O principal objetivo é garantir, ao menos, um posto GNV a cada 400km de distância nas principais rodovias que ligam Minas a outros estados, permitindo o alcance de regiões estratégicas.

Assim, a Gasmig espera alcançar três novos postos com oferta de GNV em rodovias estaduais e federais até o final de 2025. A Companhia quer, ainda, adicionar outros oito postos, até o final de 2026, previstos nas metas da Segunda Revisão Tarifária Periódica, totalizando 71.

Infraestrutura para veículos leves e pesados

A infraestrutura e tecnologia oferecida pela Gasmig, garante que em postos de revendedores de GNV do estado, veículos leves e pesados operem com motores movidos a GNV com a segurança e eficiência de recarga em suas rotas.

Além disso, traz benefícios com a redução significativa de emissões de poluentes (Cerca de até 30% menos de CO2 e 96% menos de material particulado), gerando economia para empresas de transporte e um futuro mais sustentável para o estado e para o país.

“Descarbonização, mudança climática, transição energética, e uso do gás em caminhões. Esta é uma demanda da sociedade, que está pedindo a descarbonização. E essa é a resposta que a gente tem que dar, tanto o setor privado quanto o público, com políticas públicas para a descarbonização”, afirmou o diretor da Scania.

Investimento em veículos pesados

O uso do gás natural veicular em veículos pesados representa uma solução promissora para a redução de custos operacionais e para a promoção da sustentabilidade no setor de transportes, contribuindo para um futuro mais econômico e ambientalmente responsável.

As montadoras estão levando adiante um ciclo de investimentos para a fabricação de caminhões movidos a GNV no país. Agentes do setor apontam o Gás Natural como a principal rota do transporte rodoviário de carga rumo à economia de baixo carbono.

Caminhões a gás são recentes no Brasil. São vendidos na Europa desde a década de 1980. Essa realidade vem mudando, e a expectativa é de aumento da malha de atendimento no curto prazo.

De acordo com informações publicadas em “O Globo”, a Anfavea, associação que reúne as montadoras brasileiras, o número de novos caminhões movidos a gás licenciados no Brasil no ano passado foi de 145, o equivalente a 0,13% do total. No primeiro semestre, foram 69 veículos pesados licenciados. No mesmo período, foram 65,1 mil movidos a diesel.

Frotas de GNV

Quando comparamos o uso do gás natural veicular ao diesel e combustíveis similares, há uma economia de até 15%. Carros e caminhões movidos a GNV se destacam por apresentarem diminuição de custo em relação ao custo por quilômetro rodado.

Segundo especialistas, empresas que trocam sua frota por veículos pesados movidos a gás buscam certificações que reconheçam a pegada menor de carbono, aumentando, inclusive, a sua capacidade de obter linhas de crédito diferenciadas.

De acordo com informações do Denatran, até junho deste ano, a frota mineira de veículos pesados teve um aumento de 346,7% nos últimos cinco anos, se considerarmos veículos 100% GNV.

Se avaliarmos os números de veículos que utilizam diesel/GNV, o crescimento foi ainda maior: 850% de 2019 a 2024.

Veículos leves que utilizam o gás natural veicular como combustível também apresentaram um crescimento no mesmo período, cerca de 5,7% nos últimos cinco anos.

Autonomia

De acordo com estudos da Companhia para o cenário do GNV em julho de 2024 mostram que, ao abastecer R$ 100 de GNV, é possível percorrer 391 km, considerando a média de consumo dos veículos leves e utilitários, com um custo de R$ 0,26 /km.

Ao avaliar o GNV para veículos pesados, as simulações apontam para um rendimento de até 419 km de GNV comparado com os 345 km feitos com diesel.

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